Pé na Terra

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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Notícias sobre as chuvas.

Mortes e destruição causadas pelas chuvas no Rio são o assunto das manchetes. Folha, “Corte de água e luz e risco de falta de alimentos agravam tragédia”; Estado, “Total de mortos supera 440 no RJ; destruição atrapalha buscas”; Globo, “Estado não tem sistema de alerta contra catástrofes”; Correio, “501 mortes no Rio e um país em comoção”; JB, “Planeta água”. Folha reporta que “o dia seguinte à maior tragédia que já atingiu o Estado do Rio, com 508 mortos contados ate às 22h50, foi marcado por saques, cortes de água e luz e risco de falta de alimentos. Na região serrana, desabrigados e desalojados já superam 13 mil.” Folha informa que em 2010, Estado e União gastaram muito mais para remediar desastres do que para preveni-los e que o Rio investiu em prevenção só um décimo do despendido com os estragos em Angra. Informa ainda que o governo autorizou trabalhadores de áreas afetadas pelas chuvas a sacar até R$ 4.650 do FGTS. Estado acrescenta que “a tragédia na região serrana, provocada pelo maior deslizamento de terra da história do Brasil, segundo a ONU, ganha contornos cada vez mais dramáticos”. Refere-se, além das mortes, aos números de desalojados (retirados de casa, 8.320) e desabrigados (que perderam as casas, 6.270). Registra que a previsão é de mais chuva nos próximos dias. Globo – que traz caderno especial “Tragédia na Serra” – enfatiza que a situação vivida pelo Rio mostra que falta ao Estado “coordenação de nível básico para impedir que uma tempestade faça vítimas”. Aponta que um novo radar, instalado ano passado, teve alcance para captar a formação da tempestade, mas os dados emitidos não foram analisados, nem repassados, por falta de técnicos. Relata que a Defesa Civil transmitiu com horas de antecedência um aviso do Inmet para prefeituras serranas, mas a mensagem se perdeu. Correio acrescenta ao quadro a avaliação de que “a análise dos recursos orçamentários para desastres revela que o governo federal age quando a catástrofe está consumada. Nos últimos sete anos, a União gastou R$ 4,8 bilhões em medidas emergenciais para grandes tragédias. E aplicou R$ 539 milhões em obras de contenção de encostas e canalização de rios — apenas 23% do que estava previsto”. Painel informa que o secretário nacional de Defesa Civil, Humberto Viana, afirmou que é fundamental a construção de uma sede própria para ampliar o Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres). Hoje o Cenad funciona nas instalações da Defesa Civil, numa sala com tímida infraestrutura. JB diz que “pelo mundo, inundações em vários países mostram que, a cada ano que passa, o clima na Terra torna-se mais inóspito e imprevisível”. Valor trata do assunto na capa em foto-legenda “Desleixo levou à tragédia”. Brasil Econômico segue lide do Globo e Correio, “Volume de orçamentos municipais mostra descaso com Defesa Civil”. Todas as fotos de capa são sobre a tragédia. Dilma – Todos os jornais registram a visita da presidenta à região atingida, acompanhada por ministros e pelo governador do Rio. Estado, em “Dilma promete 'ações concretas'”, noticia que a presidenta sobrevoou Nova Friburgo e prometeu “ações concretas" em benefício dos atingidos pela tragédia. Registra liberação de R$ 11 bilhões do PAC. Destaca que, “com semblante fechado e se dizendo bastante sensibilizada, a presidente Dilma Rousseff declarou que sua ida ao Rio teve como objetivo garantir a realização de ações concretas com o Estado e os municípios para "aliviar, socorrer, amparar e cuidar das vítimas"”. Folha, em “Presidente mostrou que não fará tudo como Lula fazia”, chama na capa análise de Eliane Catanhêde. “Ao ir pessoalmente à região ... a presidente Dilma Rousseff fez o que governantes têm de fazer. Dilma não titubeou e mostrou que não vai ser igual ... ao antecessor ... que, numa situação assim, ouvia, fazia cálculo político, avaliava perdas e ganhos... A decisão [de viajar à região serrana] foi tomada na quarta, no início da tragédia no Estado... Dilma sobrevoou de helicóptero a área mais atingida, desceu num ponto central e andou de galocha e colete pelas ruas, ouvindo as pessoas, demonstrando solidariedade, sobretudo encarnando a presença do Estado. Foi um desafio, um verdadeiro teste de fogo antes de completar 15 dias no cargo, e Dilma mostrou que pretende imprimir o próprio ritmo e estilo a seu governo. Numa simbologia importante, levou sete ministros, viajou com o governador Sérgio Cabral (PMDB), sentou-se ao lado dos prefeitos das cidades mais castigadas e deu entrevista coletiva – a primeira depois da posse”. Ancelmo Gois registra no Globo que Dilma “perdeu a paciência ao saber que os desabrigados da Região Serrana do Rio estavam sem conexão de celular: “Imagine o sofrimento dos parentes que buscam notícias e, justo numa hora dessas, não conseguem falar com os seus queridos? É uma barbaridade!”. Ela ordenou ao ministro Palocci que ligasse para os presidentes das operadoras Oi, Vivo, TIM e Claro e cobrasse providências imediatas.”Pode espinafrar”, disse ela segundo o colunista. Cabral – Folha destaca na capa que “Cabral culpa municípios”: "Lamentavelmente, essas três cidades tiveram um problema muito semelhante ao que houve na cidade do Rio e em outras regiões, que é a permissividade de se deixar a ocupação de áreas de maneira irresponsável. Só que na hora que acontece a desgraça, quem paga o maior preço é o mais pobre", disse. Congresso – Folha chama na capa que “Congresso propõe, mas não vota projeto sobre enchentes”. Relata que mais de 30 projetos com medidas para minimizar os efeitos das enchentes estão parados no Congresso. Propostas vão de benefícios fiscais para quem doa recursos às vítimas das chuvas até informações solicitadas ao governo federal em tragédias passadas que nunca chegaram ao Legislativo. “A cada novo episódio com desabrigados e destruição de municípios, congressistas apresentam propostas para minimizar as consequências às vítimas que acabam, a maioria, sem sair do papel”.

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